VOL. 5 | N.º 2
Apresentação
Paula Guerra e Lígia Dabul
O CORPO COMO UM CAMPO POLISSÉMICO
Artigos
CONSCIOUS ECO-CONSUMERS OR MAINSTREAM FASHIONISTAS? THE PERCEPTION OF BARRIERS TO THE ETHICAL CONSUMPTION OF FASHION CONSUMER GROUPS
Julianna Faludi
decisões de compra. Este estudo confirma que o 'ambiente está na moda', especialmente para a maioria dos segmentos identificados entre os grupos interessados e conscientes. O grupo-alvo mais adequado para marcas éticas e sustentáveis e para compras em linha é a tendência consciente. Este segmento tem uma relação negativa com a frugalidade, e o maior compromisso e consciencialização. Este estudo descobriu que o segmento mais pró-ambiental e eticamente empenhado não está interessado na moda e não demonstra qualquer afeto pelo vestuário. Ético, lento, eco-consciente, em segunda mão, e vintage podem constituir um mercado em crescimento, uma vez que novas formas de padrões de consumo podem envolver a procura de investir em modelos intemporais e circulares. Para o efeito, a sensibilização, a cocriação e a comunicação devem ser dirigidas a diferentes segmentos. Este estudo lança luz sobre a diferença de atitudecomportamento baseada na perceção das barreiras ao consumo ético dos diferentes segmentos de consumidores de moda, enquanto fornece recomendações estratégicas sobre como estes segmentos poderiam ser alcançados através das redes sociais sob várias formas.
REWATCHING AGUIRRE, THE WRATH OF GOD: ATHLETICISM, CINE-TRANCE AND THE LEGACY OF WERNER HERZOG’S ANTI-ETHNOGRAPHIC ‘COSMIC’ ETHNOGRAPHY
Nico Psaltidis
A MÚSICA MOVIMENTA A CULTURA E INSPIRA A LUSOFONIA: PELO INTERIOR DE CABO VERDE AO (RE)ENCONTRO DE PORTUGAL
Catarina da Silva e Paula Guerra
NERDCORE NÃO É SÓ PARA NERDS. UMA REFLEXÃO SOCIOLÓGICA SOBRE O NERDCORE MUSIC CONTEMPORÂNEO
Paulo Sousa
MÚSICA LIMINAR E MEMÓRIAS DE UM FUTURO PASSADO: UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA DO LO-FI E VAPORWAVE
Rodrigo Serra Diogo
CORPO TRANSFORMADO
Jorge de Carvalho
HACKING LES SYSTÈMES: UNE CONVERSATION AVEC MARC-ANTOINE LÉVAL
NOVO ARTIGO | HOUSE OF GOLDEN RECORDS: PORTUGAL’S INDEPENDENT RECORD STORES (1998–2020)
Dez anos depois, publicámos a 'HOUSE OF GOLDEN RECORDS: PORTUGAL'S INDEPENDENT RECORD STORES (1998-2020)' - uma atualização necessária sobre as lojas de discos independentes do Porto e de Lisboa. Demonstramos que as lojas de discos começaram a oferecer não só objetos para compra, mas sobretudo experiências associadas a objetos culturais e novas práticas culturais baseadas na valorização do objeto, bem como experiências de curadoria. Analisamos as lojas de discos independentes como espaços de resistência contra a desmaterialização da música. A emergência de uma nova economia aspiracional é explorada, rejeitando a lógica Vebleniana da ostentação.
Link aqui: https://www.mdpi.com/2075-4698/12/6/188
GUERRA, Paula (2022). House of Golden Records: Portugal’s Independent Record Stores (1998–2020). Societies, 12(6):188, https://doi.org/10.3390/
TODAS AS ARTES | TODAS AS FESTAS | TODAS AS ESPERANÇAS 2023
TODAS AS ARTES | TODAS AS FESTAS | TODAS AS ESPERANÇAS 2023
NATÁLIA CORREIA, IN 'O DILÚVIO E A POMBA'
NOTÍCIA | Como a pandemia impacta o cenário artístico e cultural?
A pandemia causada pela Covid-19 ainda traz inúmeros desafios para todos os setores do mercado global, que, em níveis diferentes, ainda sofrem os impactos decorrentes da crise sanitária. A situação também afeta o contexto de produções culturais e artísticas contemporâneas, ao perpassar constrangimentos que foram acentuados no cenário epidemiológico. Para debater o tema, o projeto Chá das Cinco e Meia recebe a professora de sociologia na Faculdade de Letras e Humanidades da Universidade do Porto (Portugal), Paula Guerra, para dialogar sobre o assunto. O encontro acontece nesta quarta-feira, 23, no auditório do Centro de Pesquisas Sociais (CPS), às 17h30.
Com a temática “Um loop de incertezas: Os impactos da pandemia da Covid-19 na produção cultural e artística contemporânea”, a pesquisadora aponta que em Portugal, o trabalho criativo em torno da música popular não tem sido objeto de um investimento científico. Neste cenário, a partir de entrevistas semiestruturadas, ela mapeou as desigualdades e os impactos da Covid-19 no trabalho criativo de 40 músicos portugueses – fruto de uma investigação transnacional em curso, que envolve Portugal, Reino Unido e Austrália.
“Na generalidade, as pesquisas têm revelado um paradoxo inelutável face ao trabalho criativo musical: se, por um lado, esse mercado de trabalho apresenta abertura cultural, dinamismo e cosmopolitismo, por outro, revela padrões de desigualdade em termos de gênero, precariedade de vínculos, informalidade contratual, atipicidade de tarefas, flexibilidade de papéis”, enfatiza Paula.
Na pesquisa, ela aponta que, no cenário mundial, os governos impuseram restrições à vida social, de modo a controlar a propagação da doença. Nesta perspectiva, diferentes tipos de restrições foram adotadas, passando por vários graus de distanciamento e isolamento social, proibição ou restrição de ajuntamentos sociais, viagens, atividades de lazer e desportivas, e até mesmo a ida à escola ou ao trabalho.
“O impacto destes tipos de controle e medidas de emergência na liberdade individual e na democracia, ainda por apurar, deverá continuar. Muitas medidas terão de se manter a longo prazo, algumas mesmo tornando-se parte do ‘novo normal’ para estes músicos, levando a reequacionar conceitos chave, como, risco, medo, pânico, crise e confiança”, destaca.
De acordo com o professor e pesquisador do Departamento de Ciências Sociais, Felipe Maia, é um privilégio receber a professora Paula Guerra, que tem uma trajetória muito consolidada de atuação no campo da sociologia da cultura e da juventude, com grande número de publicações e colaborações em projetos internacionais. “O tema que ela traz para o ‘Chá’ é altamente relevante ao dar visibilidade às condições de incerteza e de desigualdade que marcam a produção cultural, tema que ela investiga a partir do campo da produção musical em Portugal. Será sem dúvida uma ótima oportunidade para os pesquisadores da UFJF conhecerem seu trabalho e prospectar colaborações.”
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Link da notícia: https://www2.ufjf.br/noticias/2022/11/22/como-a-pandemia-impacta-o-cenario-artistico-e-cultural/
NOVO ARTIGO | Barulho! Vamos deixar cantar o Fado Bicha. Cidadania, resistência e política na música popular contemporânea
Notando a desadequação do entendimento da música como mero fenómeno superficial de uma expressão sociopolítica, mostraremos, neste artigo, como os Fado Bicha enfatizam a importância da performatividade numa improvável resistência fundada no fado. Na verdade, procuramos demonstrar como as performances e as canções do Fado Bicha se assumem como produtores de denúncia e de protesto e, sobretudo, são (re)criadoras de temáticas/problemáticas de género. A sua insurgência manifesta na realidade portuguesa, ao provocar-lhe agitação e mudança pela leitura que dela fazem, constitui-se em elemento integrante de uma identidade coletiva reconfigurada pelo artivismo. Assim, procurou-se romper com o facto de a música, enquanto meio que atinge um elevado número de pessoas a uma escala transglobal, ter sido ainda pouco estudada no seu impacto político, isto é, como instrumento de refutação de hegemonias, de resistência e de articulação de novas alternativas - e, justamente, onde menos se esperava - no fado.
GUERRA, Paula (2022). Barulho! Vamos deixar cantar o Fado Bicha. Cidadania, resistência e política na música popular contemporânea [Noise! Let Fado Bicha sing. Citizenship, Resistance and Politics in Contemporary Popular Music]. Revista de Antropologia (São Paulo, Online), 65(2), e202284, https://doi.org/10.11606/1678-
Fotografias de Paulo Andrade e Nuno Pinheiro
https://www.fadobicha.com/
NOVA PUBLICAÇÃO
NOVA PUBLICAÇÃO
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HIKIJI, Rose Satiko Gitirana; GUERRA, Paula & GRUNVALD, Vi (2022). ReXistências musicais entre arte e política. Apresentação do Dossiê. Revista de Antropologia (São Paulo, Online), 65(2), e202284, https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2022.202284. ISSN 0034-7701, ISSNe 1678-9857. URL: https://www.scielo.br/j/ra/a/gs4WWVDqp8SrvF96ZFqKV9D/?lang=pt#
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O que têm em comum o musicar (Small, 1998) de Apeshit, o videoclipe do casal de artistas estadunidenses Beyoncé e Jay-Z, as performances musicais de João do Crato no interior do Ceará, um projeto entre uma cantora lírica, um musicólogo e um líder indígena na Colômbia, o álbum AmerElo do rapper paulistano Emicida, o artivismo musical de Linn da Quebrada e a música de imigrantes africanos em São Paulo? À primeira vista, nada. Mas neste Dossiê estes fazeres musicais servem todos ao mesmo intuito: são formas de reXistência.
Créditos da fotografia: Jota Mombaça
Fonte da Fotografia: https://www.instagram.com/p/Ccp2zGgonjb/
Vol. 5 | N.º 1
Apresentação
Paula Guerra e Lígia Dabul
Diversidade, (i)materialidade e prospetivas sociológicas
Artigos
Devemos apelidá-los de estudos cine-culturais? O cine-mundificar da música popular e dos estudos juvenis
Michael MacDonald, João Lima
Identidades, fronteiras e mestiçagens culturais. O caso dos residentes de Gibraltar
Sandra Borges Gilotay e Olga Magano
Extrema-direita, xeno-populismo e colonialidade: discursos de ódio e colonização do imaginário no presente
Denise Osório Severo e Paula Guerra
A música eletrónica ambiental: das primeiras composições musicais e experimentações sonoras às dinâmicas experimentais
Frederico Dinis
Novas pedras nos camynhos de Walla Capelobo
Carolina Cerqueira Correa, Malandro Vermelho e Walla Capelobo
K-pop. Os reflexos do hibridismo cultural na identidade e na música popular coreana
Camila Alonso Milani
Registos de Pesquisa
Manifesto imagético para futuros possíveis - Um estudo etnográfico do concurso #THEWORLDWEWANT
Diego Soares Rebouças
CHAMADA DE ARTIGOS | CAIANA
DOSSIER CAIANA #22
Eco-sensibilidades. Artes, feminismos y sus intersecciones con la naturaleza en la contemporaneidad
Eco-sensibilidades. Artes, feminismos e a interseções com a natureza na contemporaneidade
Coordinadoras / Coordenadoras:
Paula Guerra (Universidade do Porto, Portugal)
Cláudia de Oliveira (Escola de Belas Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil)
Consultar CALL aqui http://congreso.caia.org.
Vamos and Let's Go! 26 de Agosto
TODAS AS ARTES | TODOS OS NOMES (VOL. 2)
Já se encontra publicado o volume 2 referente ao Livro de Atas Todas as Artes | Todos os Nomes, organizado por Paula Guerra.
Design: Rui Saraiva
Artwork: Esgar Acelerado
Link para download: https://drive.google.com/file/d/1kaKHm9ZMIIU8oARLqdVUy3x1QHUw-LI0/view?usp=sharing